segunda-feira, 16 de março de 2009

Crônica

QUERO LASANHA
Carlos Drummond de Andrade
- Quero lasanha. Aquele anteprojeto de mulher - quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia - entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
- Meu bem, venha cá.
- Quero lasanha.
- Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
- Não, já escolhi. Lasanha.
Que parada - lia-se na cara do pai. Relutante a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
- Vou querer lasanha.
- Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
- Gosto, mas quero lasanha.
- Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
- Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
- Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
- Você come o camarão e eu como lasanha.
O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
- Quero lasanha.
O pai corrigiu:
- Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada.
A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interogações apenas se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
- Moço, tem lasanha?
- Perfeitamente, senhorita.
O pai, no contra-ataque:
- O senhor providenciou a fritada?
- Já sim, doutor.
- De camarões bem grandes?
- Daqueles legais, doutor.
- Bem, então me vê um chinite, e para ela... O que é que você quer, meu anjo?
- Uma lasanha.
- Traz um suco de laranja para ela. Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para a surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
- Estava uma coisa, hem? - comentou o pai, com um sorriso bem alimentado - Sábado que vem, a gente repete... Combinado?
- Agora a lasanha, não é, papai?
- Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer, mesmo?
- Eu e você, tá?
- Meu amor, eu...
- Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.


A Geografia se interessa pela crônica, pois mostra a irrelutância das crianças de hoje em dia.Cujo lema é: "Queremos porque queremos e queremos agora". Isso é muito ruim para a sociedade, poi imagine um mundo só com pessoas inflexiveis, que nunca mudam o que queram? O mundo seria uma grande confusão!

Situações da minha cidade






1.Má distribuição de renda.

2.Falta de vigilância do governo.

3.Corrupção.

4.Falta de fiscalização da população.

5.Desinteresse da população.

6.Crise Financeira.

7.Pobreza.

8.Êxodo rural.

9.Super população.

10.Dinheiro muito concentrado.

terça-feira, 3 de março de 2009

Problemas do Brasil

















O problema citado na primeira imagem é a falta de moradia no Brasil. Isso acontece porque a distribuiçao de bens é muito ruim no país que vivemos. É uma imagem do MST (Movimento dos Sem Terra) um grupo de pessoas que viajam pelo Brasil procurando um pequeno espaço de terra para viver e tirar o seu susutento. Eles apoiam a Reforma Agrária, que basicamente é assim:
Um fazendeiro tem uma grande fazenda, se tem uma parte que ele não usa, o INCRA pega um pedaço e da para o sem terra, que têm que pagar um certo valor ao proprietário.
A segunda imagem mostra a falta de moradia também nas cidades. Mostra que a falta de distribuição de renda no Brasil é muito precária. Um sujeito tem q dormir na rua usando um saco de lixo como traveseiro, isso não é uma condição digna de se viver.